Como obter confirmações QSL de estações utilitárias?

Atendendo ao pedido do Roberto Landolpho, editor da coluna de utilitárias, aqui vai um breve relato de como tenho obtido QSL’s de estações utilitárias. Espero que com esse relato, mais e mais associados do DXCB pratiquem essa modalidade de Dexismo. Também espero que os associados possam obter confirmações QSL de estações utilitárias (seguindo a minhas dicas), o que não é tão difícil assim como parece.

Bom, de um tempo para cá, comecei a dar mais atenção às estações utilitárias (principalmente as que transmitem em CW — Código Morse), enviando informes de recepção a algumas delas. Como não tenho o “Guide to Utility Radio Stations” (livro que traz endereços de utilitárias), passei a solicitar junto ao Roberto (que tem o livro citado acima), endereços de algumas estações utilitárias, para que assim pudesse enviar os informes.

Os informes às estações utilitárias, são feitos da mesma forma que aqueles feitos para emissoras de ondas curtas, com a diferença de que se deve colocar o código RST ou RS, ao invés do SINPO. O código RST é utilizado quando a transmissão for em CW e o RS quando a transmissão for em radiotelefonia.

Não coloco valores numéricos no código. Por exemplo, se ouvi uma transmissão em CW, com o RST sendo 564 (R = redigibilidade; S = intensidade do sinal e T = tonalidade do sinal), coloco por extenso a qualidade de recepção.Então ficaria assim: Redigibilidade (clareza do sinal): sinal perfeitamente claro, sem qualquer dificuldade de compreensão (isso corresponde ao valor 5; Intensidade do sinal: sinal bom (isso corresponde ao valor 6); tonalidade do sinal: nota rouca com moderada musicalidade. Não colocaria (R = 5; S = 6 e T = 4), pois não sei se o pessoal da estação tem conhecimento do código RST e se sabem o significado desses valores numéricos.

No que se refere aos detalhes do programa escutado, coloco de forma suscinta e clara o que eu ouvi. Por exemplo, se captei uma transmissão em CW da estação A9M (Bahrein Radio), colocaria assim o que ouvi: “Foi escutada uma transmissão em código morse (cw markers). Foi transmitida de forma continuada e de tempo em tempo, a seguinte mensagem: “CQ de A9M”. Ainda coloco na frente da mensagem, a sua representação em código morse, para que o pessoal da estação veja que entendo um pouco do morse. Ficaria então assim: “Foi escutada uma transmissão em código morse (cw markers).  Foi transmitida de forma continuada e de tempo em tmpo, a seginte mensagem: “CQ DE A9M” (– . — .   — — . —   — ..   .   . —   — — — — .   — –).

Costumo colocar junto com a carta, uma fotocópia xerox de uma confirmação QSL que recebi de uma estação utilitária, para que assim o pessoal da estação veja, que uma outra estação utilitária confirmou meu informe de recepção, sem problemas. Também envio alguns souvenirs como jornal, adesivo (não de emissoras de rádio), geralmente com a bandeira do Brasil), etc. Não tenho enviado IRC’s (cupons de resposta internacional) ou dólares para cobrir as despesas postais. Quase sempre após ter recebido uma confirmação QSL, envio à estação mais alguns souvenirs em retribuição à confirmação recebida. Posso assim também quem sabe receber da estação, mais alguns brindes. Enfim, dessa forma tenho obtido algumas confirmações QSL.

Recentemente recebi duas cartas QSL da OST — Oostende Radio (estação utilitária da Bélgica) confirmando um único informe de recepção, o que me deixou muito contente. É muito mais gratificante se receber uma confirmação QSL de uma estação utilitária do que de uma emissora de ondas curtas ou médias, pela dificuldade em se receber tais confirmações por parte das estações utilitárias (para mim não parece tão difícil assim se obter um QSL de uma estação utilitária).

Se alguém tiver conseguido obter uma confirmação QSL de alguma estação utilitária, seguindo as minhas dicas, já terá valido a pena ter escrito esse relato.

Por Rubens Ferraz Pedroso – Bandeirantes – PR

Rubens Ferraz Pedroso

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