Relatórios com Fita Cassete

Vamos dar uma breve introdução no interessante mundo dos reportes com fita cassete. Antigamente, quando não haviam fitas cassete no mercado ou elas ainda eram novidade, os relatórios de recepção gravados eram enviados em fitas de rolo. Isto não quer dizer que o dexista enviava o rolo, mas sim o trecho da fita com a programação, enrolando-a cuidadosamente e enviando-a para a emissora.

Deixando de lado a nostalgia, vamos ver como podemos fazer estes relatórios com o mínimo de eficiência. Vamos fazer uma análise das vantagens e desvantagens do método:

DESVANTAGENS

Peso: a fita cassete é um tanto pesada em termos de correspondência. É necessário pagar no mínimo o porte de 50 gramas para enviá-la com uma carta, (de preferência uma folha de seda) e com um cartão postal.

Preço: mesmo sendo um modelo barato, a fita representa um gasto extra, gasto que nem sempre é retornado.

Correio: alguns balconistas no correio se recusam a postar e/ou registrar as fitas que não são enviadas como fonopostal. Neste caso é conveniente comprar a selagem com antecedência, selá-la e colocá-la na caixa de coleta na agência. O uso do registro não é tão necessário, use seu bom senso.

Precaução: é conveniente sempre escrever na carta “Contém uma fita cassete”, e dependendo do caso: “Contiene una cinta grabada”, “Enclosed a tape recording”.

VANTAGENS

Idioma: torna-se mais simples elaborar relatórios de línguas obscuras.

Dúvida: caso não houver certeza quanto a emissora sintonizada, (reporte tentativo) o V/S terá mais facilidade para confirmar a recepção, ao invés de ter em mãos uma carta com detalhes inconsistentes.

Comodidade: é necessário fazer apenas uma pequena carta.

Recordação: guardando a fita original você poderá ter além do QSL uma gravação da emissão que propiciou o mesmo.

Qualidade do Sinal: O V/S da emissora terá uma melhor idéia de como o sinal da emissora está sendo sintonizado, um relatório por escrito pode não passar uma idéia muito exata da qualidade da recepção.

Com estes pontos você já deve ter formado uma opinião a respeito deste tipo de relatório. Vamos agora fazer alguns comentários a respeito desta forma de relatório de recepção.

No caso das emissoras de maior envergadura pode-se pedir para que a fita seja retornada. Como estas emissoras tem melhores condições financeiras isso pode se tornar mais simples. Exemplos práticos: Voice of Asia, R. Tampa, Bayerischer Rudfunk, etc.

Não convém tentar isso com as emissoras menores. Neste caso isso pode ocasionar o não recebimento do cartão QSL, pois já é difícil para que elas confirmem.

Nem toda emissora tem interesse em receber fitas, pois isto gera um trabalho a mais para a verificação. No WRTH costuma haver um comentário “Recording Accepted”, que significa que esta emissora aceita gravações e “Recording no Accepted”, que significa que esta emissora não aceita as mesmas.

Um método que alguns dexistas utilizam é gravar no início, (será que o V/S ouve toda a fita?) um pedido de cartão QSL, alguma frase amistosa na língua local e as informações referentes a gravação. Mesmo utilizando este método não deixe de escrever numa etiqueta o seu endereço e detalhes para verificação, inclusive SINPO.

Quando utilizar um gravador com duas entradas para gravação, grave nos dois canais, pois do contrário o som só sairá em um alto falante.

Por Carlos Felipe da Silva

Artigo publicado no boletim “Atividade DX” nº 103 – fevereiro de 1993.

 

PROJETO MEMÓRIA DO DXCB

Colaboradores:

  • Antonio Geraldo Paim da Silva
  • Carlos Felipe da Silva
  • Dante Vanderlei Efrom
  • Itamar Nunes de Assis
  • Ivan Dias
  • José Carlos Cruz
  • Luciana Miura Sugawara Berka
  • Márcio Roberto Bertoldi
  • Mário Cesar Pinto Brignol
  • Samuel Cássio Martins
  • Valter Aguiar

Carlos Felipe da Silva

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.